Câmara de Curitiba aprova prorrogação do subsídio às empresas do transporte

Estimativa é que a prorrogação represente mais R$ 102 milhões dos cofres públicos às empresas





Foto: Carlos Costa/CMC

A Câmara de Curitiba aprovou nesta terça-feira (8), em 1º turno, o projeto de lei do prefeito Rafael Greca que prorroga o regime emergencial de subsídio para as empresas do transporte público em Curitiba até junho de 2021. Dos 28 parlamentares que participaram da votação, 20 foram favoráveis e oito foram contrários.

A estimativa é que a prorrogação represente mais R$ 102 milhões dos cofres públicos ao setor que, desde maio, recebe repasses mensais de cerca de R$ 20 milhões.

Sabendo que o projeto dificilmente seria rejeitado, vereadores da bancada de oposição apresentaram emenda que condicionava o subsídio a apresentação de relatório mensal da URBS, mas a emenda foi rejeitada. “Sabíamos que a prorrogação seria aprovada em virtude da maioria do prefeito, mas fica difícil entender o motivo de não aprovar uma emenda que buscava a transparência, aumentando a nossa possibilidade de fiscalização e transparência”, disse Professora Josete (PT), líder da oposição.

A vereadora criticou a ausência de prioridade da prefeitura com outros setores afetados pela pandemia. “Não vemos urgência com os micros e pequenos empresários, com os setores informais e com a população mais vulnerável. Outros setores passam por dificuldades maiores, mas o prefeito não dispensa o mesmo tratamento”, exclamou.

Outro ponto de cobrança foi a questão da superlotação de algumas linhas do transporte coletivo. “O presidente da URBS diz que não há superlotação, mas não é isso que temos visto. Não vemos a URBS e tampouco as empresas buscando conter esse tipo de situação”, concluiu Josete.

O líder do prefeito na CMC, Pier Petruzziello (PTB) e o vereador Bruno Pessuti (Pode) defenderam a aprovação da prorrogação, sob alegação que “há tempo não se paga tão pouco por quilômetro rodado em Curitiba, pois anteriormente custava quase R$ 10 e hoje está em torno de R$ 6,80”.

Sobre as acusações de falta de transparência, o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, que participou alguns minutos da sessão por vídeo-conferência, respondeu que toda a planilha está disponível na página da instituição na internet, em um formato eletrônico.

O projeto de lei volta a pauta nesta quarta-feira (9) para votação em 2º turno.