Com UTIs pediátricas lotadas e após queda de casos, Paraná vai reabrir (mais)

MP cobra explicações e governador defende economia diante de vidas





Foto Jonathan Campos/AEN

O Governo do Paraná não deve olhar os gráficos e números do Boletim Epidemiológico da Secretaria de Saúde. Se olhasse, nesta quarta (10), ao invés de reabrir mais as atividades,  o estado fecharia para que a curva de contaminação e mortes continuasse caindo. Todavia, caminha para o contrário.

“Decidimos que alguns comércios podem voltar a funcionar dentro de regras rígidas, já que foi um setor que sofreu e vem sofrendo muito com a pandemia. E para isso contamos muito com o apoio dos municípios, especialmente aqueles com mais de 50 mil habitantes”, ressaltou o governador Ratinho Junior (PSD).

A reabertura acontece quando surtia efeito positivo as medidas mais restritivas. Os casos de contaminação e mortes estavam caindo no começo de março, conforme o Boletim. Mesmo assim, é grave a situação de leitos. Em três das quatro regiões do estado não existem mais leitos de UTI para crianças. Já para adultos, nas quatro regiões a taxa de ocupação está acima de 90%.

Fatores que levaram o Ministério Público do Paraná a entrar com ação judicial para que o estado mantenha e amplie medidas restritivas. “Na ação, é requerido ainda que o Governo do Estado prorrogue, para além da próxima quarta-feira, 10 de março, a vigência do Decreto Estadual 6.983/21, que impõe medidas mais restritivas para o combate à pandemia. O Ministério Público e as Defensorias entendem que a medida deve durar até que haja comprovação epidemiológica de que o número de casos diagnosticados encontra-se em redução e seja demonstrado que a taxa de ocupação de leitos de UTI no Paraná encontra-se abaixo dos 80%”, defende o MP.