Vem aí um “Servidores contra o Pacotaço II”? O assunto tem percorrido os bastidores da Prefeitura de Curitiba e provocado ansiedade entre o funcionalismo público da capital. As novas regras podem ser encaminhadas à Câmara Municipal quatro anos depois da primeira medida que aumentou tempo de contribuição dos servidores, a alíquota, sacou recursos do IPMC e criou o Instituto de Curitiba. O Pacotaço foi aprovado em votação inédita na Ópera de Arame após ser impedido de ser votado na Câmara Municipal.
De acordo com o Coletivo Casulo, “Greca quer instituir uma nova contribuição, de mais de 4% para quem ganha acima de um salário mínimo; quer estabelecer a alíquota em 14% para aposentados e todos os servidores ativos da prefeitura; e quer aumentar a idade para os servidores se aposentar: para 65 anos para homens e 62 para mulheres do quadro geral de servidores, e 60 e 57 para homens e mulheres do quadro do magistério, respectivamente”.
Segundo o Sismuc, este possível novo Pacotaço II “segue os moldes da Reforma da Previdência de Bolsonaro e Paulo Guedes, a Emenda Constitucional nº 103/2019, aprovada sob protestos do conjunto da classe trabalhadora e, caso seja implementada em Curitiba, impactará drasticamente no salário de todos os trabalhadores do município, seja da ativa ou aposentados”. Segundo o advogado e especialista em previdência, Ludimar Rafanhim, o modelo “parece que vai copiar a reforma do Ratinho um pouco piorada”.
Ataque a aposentadoria dos servidores
Após a Reforma da Previdência em 2015, no episódio conhecido como Massacre de 29 de abril promovido pelo ex-governador Beto Richa (PSDB), o estado do Paraná fez alguns ajustes na previdência dos servidores em votação polêmica também na Ópera de Arame e sob o governo de Ratinho Junior, como comenta a APP Sindicato.
“O Governador Mudou e a Violência só Aumentou” é um dos lemas da APP-Sindicato nesse 29 de abril. Além de defender a vacinação em massa, a segurança nas escolas e o pagamento do auxílio emergencial, a APP-Sindicato vai denunciar a intolerância e a falta de respeito do governador com os servidores.
“Ratinho Jr segue os passos de seu antecessor, aprofundando ataques e colocando a população contra os(as) educadores(as). Professores(as) estão sobrecarregados(as) com a nova metodologia de aulas online, os(as) funcionários(as) estão sendo substituídos(as) por terceirizados(as) – com cada vez menos direitos e formação específica – e os salários estão congelados”, diz o sindicato.
