Diante da omissão do Governo do Estado, prefeitos suspendem aulas presenciais

Mesmo diante da gravidade, Secretaria de Educação reabre 627 escolas hoje





O governador Carlos Massa Ratinho Junior atende a imprensa nesta terça-feira (4) para falar sobre o retorno gradativo das aulas presenciais na rede estadual de ensino. Curitiba, 04/05/2021. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O Paraná está próximo de mais uma onda de contaminações por Covid-19. Após 14 dias da comemoração do Dia das Mães, quando todo o comércio reabriu, e do retorno presencial de 200 escolas estaduais, o estado bateu 4311 novos casos diários. Com 96% dos leitos ocupados e diante da omissão do Governo do Estado que não restringe atividades, cerca de 50 prefeitos editaram decretos municipais suspendendo as aulas presenciais. O movimento foi começado em Guarapuava na semana passada e seguido por União da Vitória.

Quando o governador Ratinho Junior (PSD) e o secretário de educação, Renato Feder, anunciaram o retorno das aulas, ambos disseram que era um apelo de prefeitos. Duas semanas depois, no entanto, nos decretos em que suspendem as aulas presenciais na rede estadual, os prefeitos levam em consideração o aumento dos índices de contaminação e mortes. É o caso da prefeita de São Pedro do Paraná.

“Considerando o elevado número de pessoas positivadas com covid-19  na região, o aumento diário desses números e taxa de ocupação dos leitos de hospitais regionais de referência, se restringe no território municipal as aulas presenciais nas instituições públicas de ensino até o dia 31 de maio”, assina a prefeita Neila de Fátima.

A região noroeste do estado está com 95% dos leitos de UTI adulto ocupados e apenas 12 vagas. No começo de maio, a fila de espera em leitos de UTI era de 277. Agora está em 1078, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. A fila acontece porque em muitos hospitais já não há leitos disponíveis.

É o caso de Loanda, que embasou o fechamento das escolas devido a ausência de leitos. De acordo com o decreto 89/2021, “a rapidez de transmissão com a nova cepa e a falta de leitos na macrorregião, chegando a atingir aproximadamente 100% e a falta de oxigênio” levam “a prefeitura a suspender as aulas presenciais de ensino das escolas públicas municipais e estaduais até 31 de maio”, determina o prefeito José Maria Fernandes.

Na contramão das medidas

Independente do cenário atual, a Seed-PR está promovendo “a segunda rodada de abertura gradual dos colégios estaduais”. Segundo comunicado da Secretaria, devem retornar às atividades presenciais no modelo híbrido 627 escolas de 29 dos 32 NREs (Núcleos Regionais de Educação), elevando a abertura para aproximadamente 40% das instituições da rede estadual de ensino. Fazem parte deste retorno três escolas da capital e colégios em 174 municípios, incluindo parte das escolas de cidades como Londrina, Ponta Grossa e Paranaguá, onde as aulas presenciais ainda não haviam voltado.

Confira as cidades que suspenderam as aulas

1-Guarapuava
2- Palmital
3- Maringá
4- Amaporã
5- Paiçandu
6 -Paulo Frontin
7-União da Vitória
8- Irati
9- Guaratuba – prefeito suspendeu sem decreto
10- Astorga
11- Porecatu
12- Mirasselva
13- Goioere
14- Janiopolis
15- Mamborê
16- Moreira Sales
17- Ubiratã
18 – Curitiba – suspensão da volta sem decreto
19- Faxinal
20- Paraíso do Norte
21- Matinhos
22- Morretes
23 – Juranda
24 – Nova Aurora (Decisão dos diretores/sem decreto)
25. Ariranha do Ivaí, (decreto municipal).
26. Lidianópolis (decreto municipal).
27. Cândido de Abreu (Decreto municipal)
28. Lunardelli (decreto municipal)
29. Rosário do Ivaí. (Decreto municipal até o dia 30/05)
30. Godoy Moreira
31. Grandes Rios.
32.Jundiaí do Sul
33.Guapirama
34.Abatiá
35.Andirá
36.Itambaracá
37- São Jose dos Pinhais
38- Piraquara
39. Guaraniaçu
40. Pato Branco
41. Jaguariaíva
42. Nova Esperança.
43. Loanda.
44. Santa Isabel do Ivaí
45. Inajá
46. Santa Mônica
47. Marilena
48. Itaúna do Sul
49. São Pedro do Paraná
50. São João do Caiuá