Bolsonaro prova que não tem provas sobre fraudes eleitorais

Presidente precisar ser punido por promover radicalismo eleitoral





Bolsonaro durante live. Foto: Marcos Corrêa/PR

A live do presidente Jair Bolsonaro (apoiado pelo Centrão) sobre fraudes eleitorais surpreendeu “zero pessoas”, como diz o ditado popular contemporâneo. Muito antes dela acontecer já era previsto que uma coleção de mentiras, fake news e sugestões seriam apresentadas para aprovar ao eleitorado do presidente que não se importam com vacinas, com o desemprego, com a disparada do preço dos combustíveis, com inflação, com Cinematecas queimadas, rachadinhas e o retorno de seu ídolo aos braços do toma lá da cá político. 

Durante a transmissão, as agências de checagem fizeram seu trabalho: mostraram uma a uma as mentiras requentadas. O TSE ainda não fez o seu trabalho. Apenas correu pro Twitter pra defender seu principal ativo: as urnas. Falta responsabilizar verdadeiramente Bolsonaro por promover radicalismo eleitoral. Até aqui, a mentira tem recebido sinal verde.

Novo, novo, muito pouco. O presidente que ia vetar o fundão eleitoral, mas que agora disse que não é bem assim, admitiu que não tem provas sobre fraudes eleitorais em 2014 e na eleição. Só indícios e convicção, como fazia o procurador Deltan Dallagnol. Bolsonaro só provou que é mitomaníaco: mentiroso compulsivo.

Por outro lado, o presidente deve muitas explicações sobre facadas, risos e abraços com neonazistas, cheques para esposas, declarações de cunhadas e porteiros, sobre se tomou vacina, grupos de Whatsapp e se a tentativa de golpe será antes ou depois de perder a eleição.