Bom para o mercado, ruim para o povo

Brasil precisa debater a política neoliberal e as desonerações em curso desde 2015





Ministro Paulo Guedes. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dólar sobe, bolsa cai, mas os efeitos da crise econômica não estão sendo encarados realmente pelo mercado financeiro. Essa é a avaliação do economista do DIEESE do Paraná, Sandro Silva. Para ele, o Auxílio Brasil ou a PEC dos precatórios não enfrentam o problema gerado pelo neoliberalismo implementado no país.

“O mercado quer que mantenha a político de austeridade, lembrando que em 2019, antes da pandemia, o PIB cresceu 1,4%, a pobreza e a desigualdade social já vinham aumentando”, contextualiza.

Segundo Sandro, “a principal crítica que se tinha em 2015 era relacionada ao aumento das desonerações, hoje estão esquecidas, os governos mantiveram e até ampliaram, mas não tem dinheiro para as políticas sociais”, critica.

Segundo a Unafisco (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil), o país pode conceder, em Privilégios Tributários, esses sim as verdadeiras ervas daninhas a serem combatidas,  cerca de R$ 315 bilhões apenas na esfera federal.