Cascavel debate defasagem salarial do funcionalismo estadual

Estudo mostra perdas econômicas nos últimos anos enquanto estado oferece apenas 3% de reajuste





Foto: Rodrigo Félix Leal/Aen

Um debate na Câmara Municipal de Cascavel aborda a defasagem salarial e os impactos da inflação na renda do funcionalismo público. Um estudo discorre sobre os impactos nas economias municipais a partir do momento em que os vencimentos dos servidores públicos não são reajustados. O encontro no dia 9 de dezembro, às 19 horas, conta com apoio de entidades sindicais e com apresentação do levantamento feito pelo IBEPS (Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais).

Para as entidades, o objetivo da discussão é trazer à população os impactos negativos pela não concessão da data-base aos servidores estaduais na economia de Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon e Toledo.

A pesquisa encomendada pelo Sinteoeste e coordenada pelo pesquisador Dr. Eric Gil Dantas mostra que em Cascavel já deixou de circular por ano aproximadamente R$ 150 milhões, Foz do Iguaçu mais de R$ 80 milhões, Francisco Beltrão quase R$ 50 milhões, Toledo ultrapassa R$ 43 milhões e Marechal Cândido Rondon quase R$ 24 milhões. Juntos, esses municípios deixam de injetar na economia aproximadamente R$ 350 milhões por ano.

E o problema parece estar longe de ser resolvido. O governador do estado, Ratinho Junior, encaminhou projeto de Lei à Assembleia Legislativa propondo 3% de “reajuste” para o funcionalismo. Por outro lado, a inflação acumulada desde o congelamento da Data-Base chega a quase 30%.