O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) manteve a condenação do ex-governador Beto Richa (PSDB) e sua esposa Fernanda Richa, ex-primeira dama e ex-secretária de Desenvolvimento Social do Estado. Eles são acusados de uso indevido de verba pública durante uma “parada oficial” em Paris, em 2015.
A condenação em 2ª instância coloca em risco a candidatura do tucano ao Senado Federal. Nesta terça-feira (7), a Executiva Estadual do PSOL do Paraná decidiu solicitar a impugnação da candidatura de Beto Richa baseado na Lei da Ficha Limpa. A sigla alega que o tucano estaria “inelegível” após a manutenção da condenação.
O julgamento do processo foi iniciado no dia 31 de julho e, nesta terça-feira (7), foi dado o prosseguimento. Por três votos a favor e dois contra, a 4ª Câmara Cível do TJ-PR decidiu pela condenação, que determinou que o casal devolva aos cofres públicas as diárias gastas – valor ainda a ser calculado.
De acordo com a ação, Beto e Fernanda seguiram com mais duas pessoas para uma missão oficial na China e na Rússia, com o intuito de atrair investimentos. No caminho, a comitiva fez uma “parada técnica” de dois dias em Paris, onde se hospedaram em um hotel cinco estrelas. Porém foi constatado que não havia qualquer compromisso oficial na capital francesa.
Por meio de nota, a defesa de Beto Richa declarou que a decisão é “equivocada” e que irá recorrer após a publicação do acórdão.
