Refugiados reconstroem suas vidas com ajuda de projeto de dança

O coreógrafo congolês Fabrice Don de Dieu Bwabulamutima acredita no poder de cura da dança




FonteVania Turner e Andreas Kirchhof / ACNUR

Foto: John Wessels / ACNUR

O coreógrafo congolês Fabrice Don de Dieu Bwabulamutima acredita no poder de cura da dança.

Ele viaja com sua companhia de teatro e dança para campos de refugiados em toda a República Democrática do Congo. Por meio da dança, ele ensina pessoas que experimentaram a guerra e a violência a superar traumas, reconstruir sua autoconfiança e aprender a viver com outras pessoas novamente.

“A dança toca todos, independentemente da sua posição de poder, da sua idade ou da sua raça”, diz o instrutor de 40 anos que fez uma pausa em sua própria carreira na dança.

Sua companhia, Kongo Drama, vem ministrando um programa de dança, teatro e música de quatro meses intitulado “Refugiados em Movimento” no campo de Inke, na província de Ubangi do Norte, que abriga mais de 16 mil refugiados da República Centro-Africana.


O programa é financiado pela organização não-governamental francesa African Artists for Development, em colaboração com o ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados.

Mais de 600 pessoas de todas as idades, refugiados e residentes locais, participam de uma variedade de cursos, incluindo dança infantil, dança contemporânea africana, Hip Hop e dança tradicional.

Fabrice começou o projeto em 2015 no campo de Mole, em Ubangi do Sul, onde ele disse que havia tensão e desconfiança entre os diferentes grupos de refugiados. Uma vez que eles começaram a dançar juntos, a tensão começou a desaparecer e sorrisos voltaram a estampar seus rostos.

“Quando vejo os efeitos do que estamos fazendo, como você pode restaurar o desejo das pessoas de estarem vivas, como você pode dar esperança a milhares de pessoas, é incrível”.