O prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN) segue perseguindo o acampamento Lula Livre. Agora ele pretende que a justiça aplique multa diária de R$ 500 mil a vigília por perturbação da ordem e pelo uso de som. O pedido foi realizado após um delegado da polícia federal destruir equipamentos durante a realização de um “Bom Dia, Lula”.
O prefeito, que é cabo eleitoral do ex-governador Beto Richa (PSDB), desde a chegada do ex-presidente Lula no dia 7 de abril, tentou impedir as manifestações favoráveis ao petista. Nesse dia, conseguiu um interdito proibitório que culminou com repressão da Polícia Federal e da Polícia Militar aos manifestantes pró-Lula enquanto os apoiadores da Lava Jato disparavam rojões, inclusive na direção do helicóptero que o trazia.
Agora, ele se utiliza do ataque realizado pelo delegado da PF, Gastão Schefer Neto, as caixas de som da vigília para mais uma vez tentar expulsar os manifestantes. Dessa vez, aplicando muita diária de R$ 500 mil. De acordo com o prefeito, o pedido de multa é feito após montar um dossiê com queixas ao telefone 156 da prefeitura e boletins de ocorrência.
“A Prefeitura do Município de Curitiba requereu o restabelecimento da multa pela utilização de som acima do limite legal e quantidade de tendas superior ao acordado, nos termos dos R$ 500 mil/dia fixados anteriormente”, justificou Greca, que pede a transferência de Lula por esse ser “um hóspede do barulho” na região do Santa Cândida, onde fica a superintendência da Polícia Federal.
“O Município de Curitiba reiterou pedido de transferência do ex-presidente em razão dos feridos a bala no acampamento da rua Padre João Wislinski, em Santa Cândida.
Também neste dia encaminhamos ofício para autoridades desde os Juízes Sérgio Moro e Juíza Carolina Lebbos até Procuradoria Geral da República, Presidente do STF requerendo que a transferência do ex -presidente seja efetuada, porque a Justiça Federal está violando a Lei de Uso do Solo da Cidade de Curitiba”, escreveu.
Acampamento cresce
De acordo com o Partido dos Trabalhadores, o acampamento Marisa Letícia cresce a cada dia. Considerado fundamental na estratégia para manter a Vigília Lula Livre em Curitiba, o acampamento tem sofrido resistência da extrema direita. “Todos os dias temos plenárias de manhã e à noite. Temos uma diversidade grande aqui, então é preciso muita comunicação para tudo dar certo”, afirma Edna Dantas, coordenadora geral do acampamento
