PT não fará posse simbólica de Lula

Partido não participará da cerimônia de Bolsonaro





Foto: Leandro Taques

O Partido dos Trabalhadores tem sido criticado por decidir não participar da posse do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).  Os críticos argumentam que o PT não respeita a democracia ao boicotar o evento. Além da sigla que ficou em segundo na disputa presidencial, PCDOB e PSOL também anunciaram que nao irão participar do político que se elegeu com o discurso de exterminar minorias e acabar com adversários políticos.

Após o anúncio, surgiu uma fake nrws de que o PT realizaria uma posse informal do ex-presidente Lula, detido na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. O fato é desmentido pelo presidente municipal do PT, Andre Machado.

Confira a seguir os motivos alegados pelo PT em publicação feita por André nas redes sociais:

“Um blogueiro de direita fez um vídeo dizendo que o PT não vai à posse do Bolsonaro porque fará uma “posse simbólica” do Lula em Curitiba. Essa mentira repercutiu, gerando muitas críticas ao partido.

Realmente o PT não vai à posse do Bolsonaro, mas por outro motivo: essa solenidade será apenas a troca de faixa entre dois atores de um mesmo golpe, que criminalizou o PT, destituiu a Dilma, prendeu o Lula e elegeu o Bolsonaro.

O golpe continua com um país tutelado pelas forças armadas, uma suprema corte desfigurada e instituições políticas ainda mais reacionárias. Como participar da celebração de uma normalidade democrática inexistente?

O PT não vai à posse, mas não para dar “posse simbólica” ao Lula. Não existe “posse simbólica”. Quem está tomando posse em Brasília é o Bolsonaro. Essa é a realidade, a qual lidamos sem ilusões: vamos intensificar a denúncia da prisão política do Lula, maior liderança popular do país e condenado pelo juiz que tomará posse como “ministro da justiça” do governo Bolsonaro; vamos nos somar a todas as iniciativas de resistência que surgirão na sociedade para defender direitos, liberdades, políticas públicas e o patrimônio material e imaterial do nosso povo; construiremos uma alternativa, a partir da organização popular, para restituir a democracia e a soberania do nosso país.

Para essas tarefas, será necessário reunirmos forças, sem permitir que as mentiras do outro lado nos dividam e buscando o máximo de unidade, mesmo com toda pluralidade de ideias/estratégias que existirá entre nós”.