Cobrança pela reposição salarial mobiliza servidores do Paraná

Ato público e reunião com secretário de Administração marcaram dia de luta do conjunto do funcionalismo





Foto: Gibran Mendes

Diversas categorias do funcionalismo público do Paraná participaram nesta terça-feira (22) de uma mobilização em frente ao Palácio Iguaçu em Curitiba. Convocado pelo Fórum Estadual dos Servidores do Estado do Paraná (FES), o ato fez parte da campanha unificada dos servidores pelo pagamento da data-base, em defesa da Paranaprevidencia e pela liberdade sindical. Os dirigentes do FES também reuniram-se com o secretário de Estado da Administração e Previdência Fernando Ghignone para cobrar o pagamento do reajuste salarial à categoria.

A pauta do conjunto das categorias é comum, uma vez que os trabalhadores e trabalhadoras estão há três anos sem reajuste salarial. O calote do governo Beto Richa (PSDB) à data-base representa perdas acumuladas de 11,68%. Já o déficit atuarial do Fundo Previdenciário do Paranaprevidencia chega a R$ 16 bilhões.

Desde a saída de Richa do governo, em 7 de abril, os sindicatos tem buscado reabrir negociação com atual governadora Cida Borghetti (PP). “Na semana que vem, haverá uma audiência pública da prestação de contas do governo, nós esperamos já ter uma resposta efetiva para nossos itens centrais. Esse é um esforço coletivo das categorias de reafirmar nossos direitos. Agora precisamos continuar acompanhando os itens da pauta e cobrando dos deputados que se posicionem favoráveis aos trabalhadores. O secretariado pode ser novo, mas a pauta é antiga, pedimos esforço e urgência nas respostas”, destaca a professora Marlei Fernandes de Carvalho, coordenadora do FES.

Educadores e educadoras na cobrança de direitos. Foto: Gibran Mendes

O presidente da APP-Sindicato, professor Hermes leão, destaca que a mobilização desta terça-feira reforçou a visibilidade sobre os pontos principais da campanha salarial do funcionalismo. “Foi dia de pressionar o governo Cida Borghetti para os itens centrais da questão salarial e ter uma resposta ao reajuste da data-base.”, ressalta. “Nós funcionários públicos do Paraná, estamos com defasagem salarial enorme. Nossa data-base está sem reajuste e isso é o mínimo ao servidor. Como o trabalhador pode passar anos com o mesmo salário?”, questiona Stela Muniz, do Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde (SindSaúde).

Para o servidor Giancarlo Tozo, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos do Oeste do Paraná (Sinteoeste), é preciso manter a pressão ao governo, pois nada de concreto foi apresentado. “Esperamos uma sinalização por parte do governo para rever a política de valorização ao servidores públicos. Continuaremos atentos e lutando por aquilo que é direito de servidores e servidoras”, aponta.

Presente na audiência com o secretário Ghignone, o deputado Professor Lemos (PT) aponta que as reivindicações dos servidores públicas são antigas, justas e possíveis de serem atendidas pelo governo. O petista cobrou o envio por parte da governadora de uma mensagem de lei que repare as perdas salariais do funcionalismo. Lemos lembrou que outros poderes, como o Judiciário, já enviaram mensagens de reposição à Alep e sugeriu que nenhum destes projetos sejam votados antes do envio de uma mensagem de lei repondo o salarial do funcionalismo.