Greca ainda não enviou proposta de reajuste de servidores para Câmara Municipal

Data-base dos servidores municipais ocorre entre o primeiro e o segundo turno





Foto: Daniel Castellano / SMCS

No fim de junho de 2017, a Câmara Municipal de Curitiba aprovou os projetos de lei que congelavam as carreiras dos servidores, os salários e jogavam a data-base para 31 de outubro. Esses projetos foram aprovados por 25 vereadores. Desses, nove são candidatos a deputado estadual nessas eleições (veja reportagem embaixo). No fim de outubro daquele ano, nenhum projeto foi encaminhado à CMC, confirmando o congelamento de salários.

Em 2018, conforme define a lei, os municipais fizeram a entrega da pauta de lutas em 7 de março. Nela, a categoria reivindica a somatória da perda histórica com o congelamento de salários praticado por Greca, que não pagou o reajuste em março de 2017, tampouco em outubro de 2017. “Os números pioram na medida em que o reajuste só deve ser aplicado em outubro de 2018, totalizando 30 meses de salários defasados. Do período de março de 2016, a outubro de 2018, a perda estimadas apenas nessa gestão são de 9,3%”.

Espaço e dinheiro para conceder reajuste existem. Na última prestação de contas, em 16 de maio, o secretário de finanças Vitor Puppi admitiu que a arrecadação de Curitiba aumentou e que as dívidas diminuíram. Fruto do aumento de 7% na arrecadação do ISS (Imposto Sobre Serviços) e da arrecadação do IPTU, que cresceu 6,5% desde a revisão da planta genérica da cidade, em 2014. Ainda cresceu enormemente a arrecadação via ITBI, em 34,5%.

Todavia, a gestão de Rafael Greca (PMN) se negou a negociar o reajuste nas mesas de negociação. Os governistas alegaram que o assunto seria debatido mais para frente. Contudo, não apontaram mesa de negociação. Dado o histórico da gestão, que encaminhou o projeto em 2017 sem negociar com os sindicatos, os servidores devem reforçar a pressão na gestão.