Moro está sem moral na eleição

Desaprovação da Lava Jato sobe e aprovação do juiz cai no período eleitoral





Foto: Lula Marques/Agência PT

MAL DE SANTINHO | Sabe quem vai mal com o seu eleitorado? O juiz paranaense Sérgio Moro.  A mais recente pesquisa IPSO, publicada pelo jornal Valor, revela que apenas 46% dos brasileiros confiam na imparcialidade. De acordo com o levantamento, em julho de 2016, esse número saltava para 74% dos brasileiros que acreditam na operação e de que ela investigava todos os partidos políticos.

REJEIÇÃO SUBIU | A opinião da turma “Eu apoio a Lava Jato” também virou contra Moro. Atualmente, os que desaprovam sua conduta têm índice maior do que os que aprovam para “salvar o Brasil”. São 41% a favor dele contra 48% de rejeição. Números bem diferentes de maio de 2017, quando o juiz Sérgio Moro teve seu cara a cara com Lula em Curitiba. Naquela época, 69% aprovavam a conduta de Moro contra 22%.

ATRÁS DE LULA | De lá para cá seus índices vieram piorando enquanto a aprovação de Lula veio subindo e sua rejeição caindo. A última pesquisa que Lula participou o mostra com 39% da preferência dos votos e rejeição de apenas 34%. Em março de 2016, esses números chegavam a 57% dos entrevistados. Eles foram caindo sucessivamente na medida em que crescia o discurso de preso político e perseguição.

DOBRADA NAUFRAGA | Tirando o TSE, o último sinal da perseguição a Lula ocorreu quando o juiz Sérgio Moro, de férias, agiu para impedir que um juiz de plantão do TRF-4 concedesse habeas corpus a Lula. Os vais e vens e o fato de Moro assumir a arbitrariedade impactou em sua imagem mais uma vez. Embora, para o diretor da Ipsos, Danilo Cersosimo, dividir espaço com a campanha política diminuiu a popularidade do juiz e dos procuradores Deltan Dallagnol e Carlos Fernando dos Santos Lima.

FORA DO PROGRAMA | Quase ninguém ficou sabendo que o juiz Sérgio Moro genro e filhas de Paulo Roberto Costa a serviço comunitário. Eles ocultaram documentos, arquivos eletrônicos e dinheiro da firma no meio da investigação. A denúncia é de abril de 2014, mas só foi julgada agora. Muito depois da condenação de Lula, que é de setembro de 2016.