A Petrobras anunciou hoje (6), no Rio de Janeiro, um mecanismo financeiro que permitirá manter o preço da gasolina estável por até 15 dias.
Chamado de mecanismo de hedge, ele será opcional e visa reduzir a volatilidade [variação] do preço do combustível sem afetar o resultado financeiro da estatal.
A nova ferramenta foi anunciada pelo diretor financeiro da Petrobras, Rafael Grisolia, e pelo diretor de refino e gás natural, Jorge Celestino, que concederam uma entrevista para explicar a decisão.
Preços podem ser contidos
Em vez de reajustar os preços diariamente, a Petrobras poderá segurá-los por um período de, no máximo, 15 dias, realizando operações financeiras no exterior.
Ao final do período, o reajuste aplicado será sempre igual ao resultado das variações diárias do barril de petróleo e do câmbio, de modo que a Petrobras mantenha a paridade com os preços no mercado internacional.
Gasolina e Diesel não pararam de subir
O anúncio da política de preços da Petrobras ocorre no meio das eleições presidenciais e após altas sucessivas da gasolina e do diesel, mesmo após a greve dos caminhoneiros. A gasolina, por exemplo, há um mês custava R$ 1,9331. 23 reajustes depois, agora ela chega a R$ 2,2069. Ou seja, vinte e sete centavos a mais. Já o Diesel também não parou de subir. Em 7 de agosto, ele sai das refinarias por R$ 2,0316. Hoje, no anúncio da empresa, o diesel custa R$ 2,2964. Durante a greve dos caminhoneiros, em 21 de maio desse ano, o diesel custava R$ 2,0867. Antes da nova política, uma nova greve não estava descartada.