O Partido dos Trabalhadores deve acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o que considera ser “caixa 2” da campanha de Jair Bolsonaro. Reportagem do Jornal Folha de São Paulo revela que empresários estão comprando pacote de dados para distribuir mensagens contra Haddad nos últimos dias de campanha. O valor chegaria a R$ 12 milhões, que não estão sendo declarados. Para a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, há um claro indício de abuso de poder econômico por parte do adversário.
A compra de pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp informada pela Folha de S. Paulo de hoje, as denúncias de coação de funcionários e a campanha antecipada de outdoors em apoio podem levar a cassação do candidato Jair Bolsonaro. É o que avalia o advogado Guilherme Gonçalves, especialista em Direito Eleitoral e membro fundador da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP).
A senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, já havia protestado contra o submundo das redes. Em pronunciamento no plenário, disse que a candidatura de Fernando Haddad pediu investigação rápida por parte da Polícia Federal. “O senhor (Jair Bolsonaro) tem patrocinado fraude nas eleições brasileiras, manipulando e produzindo mentiras veiculadas no submundo da internet, através de esquemas de WhatsApp pagos de fora desse país. Grupos organizados nos EUA, Portugal e em outros países. O senhor está recebendo recursos ilegais, patrocínios estrangeiro ilegal e vai ter que responder por isso”, cobrou a senadora.
Ontem, a campanha do PT já havia recorrido ao TSE contra outdoors instalados em diversas cidades que não estão declarados na campanha do candidato de extrema direita.
Para a Procuradoria Geral Eleitoral, “há outdoors com mensagem de apoio à chapa de Bolsonaro em pelo menos 33 municípios, distribuídos em 13 estados”
