FALATÓRIO: Passando pano para corrupção

O ministro da Justiça Sérgio Moro mudou de opinião sobre Caixa 2 e foi seguido por Dallagnol





O ministro da Justiça Sérgio Moro entrega o projeto anti-crime sem o trecho sobre Caixa 2 ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Botafogo da Lista da Odebrecht), sendo observado pelo ministro Onix Lorenzonni, que admitiu usar Caixa 2. Foto: Isaac Amorim/MJSP

MORO X MORO
“Caixa 2 em eleições é trapaça. É um crime contra a democracia. Me causa espécie quando alguns sugerem fazer uma distinção. Corrupção para financiamento eleitoral é pior”.
Juiz Sérgio Moro, em 2017, durante o “Brazil Conference”, em Boston (EUA).

“Caixa 2 não é corrupção. Existe o crime de Caixa 2 e o de Corrupção”.

Ministro da Justiça Sérgio Moro, ao entregar o pacote anti-crime que retirou o Caixa 2 do mesmo projeto.

MUDOU TAMBÉM

O procurador da Lava Jato saiu em defesa do ministro da Justiça Sérgio Moro. Agora, para Dallagnol, pode ser que exista dinheiro “limpo” depositado no Caixa 2 e dinheiro “sujo” depositado no Caixa. Mas, em 2017, em entrevista, ele disse que “nas 10 medidas contra a corrupção existe uma proposta que torna o crime de Caixa 2 mais sério e com penas reais. O Caixa 2, independente da corrupção, é um dinheiro nocivo. Ainda que não viesse de corrupção, o Caixa 2 existe porque o dinheiro é ilegal ou porque ele é usado para fins ilegais como compra de votos”.

ELETROCHOQUE
“Carlos Bolsonaro fez uma macumba psicológica na cabeça do pai”.
Ex-ministro Gustavo Bebianno, ao explicar os motivos de sua exoneração.

CARTA DE RECOMENDAÇÃO

“Tenho que reconhecer a dedicação e comprometimento do senhor Gustavo Bebianno à frente da coordenação da campanha eleitoral em 2018. Seu trabalho foi importante para nosso êxito. Continuo acreditando na sua seriedade e qualidade do seu trabalho. Reconheço também sua dedicação e esforço durante o período em que esteve no governo”.
Presidente Bolsonaro elogia Gustavo Bebianno ao justificar sua exoneração sem deixar claro o motivo da dispensa.

Foto: Carolina Antunes/PR

“Gustavo, usar que usou do WhatsApp para falar três vezes comigo, aí é demais da tua parte. Aí é demais e eu não vou mais responder a você”.

Presidente Bolsonaro, alegando que troca de mensagens e áudios não significam uma conversa.

DIA DO CHORO
“Ela pode participar ou não, se isso a relembra, a constrange, traz dor. Agora, essa criança também precisa ter oportunidade de relembrar qual é o papel do pai e da mãe”.
Thiago Ferro, vereador de Curitiba, dizendo ser facultativa a participação de uma criança que não tem pai ou mãe presentes no Dia dos Pais e Mães em substituição ao Dia da Família.

DEBOCHADO
“Ele e seu filho, o “Zero Dois” (o senador Flávio Bolsonaro), comemoraram nas redes sociais. Esse é o nível do presidente do Brasil. Não basta ser um imbecil e incompetente que nada sabe sobre economia, políticas de saúde, educação, moradia e infraestrutura. Tem que ser esse debochado, esse moleque que trata a democracia dessa maneira”.
Jean Wyllys, ex-deputado federal, comenta deboche do presidente e seu filho quando ele decidiu deixar o país por conta de ameaças a sua vida e de familiares.

O CARA

MODERNIDADE PARA TODO MUNDO

“Lembrem-se que telefone era meio de luxo. Privatizamos, e entregador de pizza, todo mundo hoje tem telefone. Prostituta… Todo mundo marca seus programas pelos meios digitais. É progresso para todo mundo”

Ministro da Economia Paulo Guedes, ao justificar a necessidade de se ampliarem as privatizações no Brasil

PRESTE ATENÇÃO

  • Protestos contra a Reforma da Previdência por todo o país
  • Protestos contra o aumento da passagem de ônibus em Curitiba
  • Em revelações envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (PSL) com as milícias
  • Em novos vazamentos de Bebianno
  • Justificativas do governo do Paraná que não para de contratar ex-deputados
  • Na relação entre Flamengo e pais dos 10 meninos mortos no CT do Urubu
  • Na relação da Vale com as famílias vítimas do desastre de Brumadinho