As revelações do The Intercept sobre as articulações da Lava Jato para prender e impedir que o ex-presidente Lula fosse candidato fizeram com seu sua defesa pedisse a liberdade urgentemente e que o procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sérgio Moro tentassem se explicar nas redes sociais.
Para a defesa de Lula, “ninguém pode ter dúvida de que os processos contra o ex-Presidente Lula estão corrompidos pelo que há de mais grave em termos de violações a garantias fundamentais e à negativa de direitos. O restabelecimento da liberdade plena de Lula é urgente”.
Já Deltan Dallagnol preferiu compartilhar uma nota oficial do Ministério Público Federal do Paraná que critica os vazamentos, mas não nega a veracidade dos fatos. “Os procuradores da Lava Jato não vão se dobrar à invasão imoral e ilegal, à extorsão ou à tentativa de expor e deturpar suas vidas pessoais e profissionais”, disse Dallagnol que, segundo a reportagem do The Intercept, combinou com o ex-juiz Sérgio Moro o vazamento de conversas entre Lula e a então presidente Dilma Rousseff (PT).
O ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, em sua conta no Twitter, reproduz nota oficial publicada no site Antagonista. O site é o mesmo que a reportagem mostra que era usado pela Lava Jato para vazar informações de operações. Moro disse que é “muto barulho”.
Muito barulho por conta de publicação por site de supostas mensagens obtidas por meios criminosos de celulares de procuradores da Lava Jato. Leitura atenta revela que não tem nada ali apesar das matérias sensacionalistas. Abaixo nota.https://t.co/PevIk4BGX6
— Sergio Moro (@SF_Moro) 10 de junho de 2019
De acordo com o jornalista Glenn Greenwald, as denúncias só estão começando. Ele comentou as reações do MPF. A “Lava Jato emitiu uma longa declaração sobre nossa reportagem que (a) não negou nada que nós publicamos, incluindo os piores atos deles e (b) confirmou que o material no nosso arquivo é autêntico, o que nós já sabíamos”.