Segurança do Paraná fará “operação padrão” durante a greve

Governador ameça subir impostos para conceder reajuste





Foto: Rodrigo Félix Leal

Sem a perspectiva de um reajuste, os agentes de segurança do Paraná vão fazer uma “operação padrão” a partir de terça-feira (25), data marcada para o início da greve pela data-base do funcionalismo estadual.

No procedimento, a Polícia Militar do Paraná decidiu ficar aquartaleda na luta em apoio ao pagamento da data-base. Ou seja, o trabalho de policiamento ostensivo nas ruas fica prejudicado.

Já os agentes penitenciários, em assembleia extraordinária realizada na sexta-feira (21), decidiu realizar operação para intensificar a segurança nas unidades penais do Paraná. Segundo os agentes, a ausência da PM torna extremamente perigoso a retirada de presos de dentro das celas com poucos agentes.

“Ficam garantidas a distribuição da alimentação, urgência médicas e cumprimento de alvarás. Com a falta de segurança provocada pelo baixo efetivo de agentes e a ausência da retaguarda da PM, ficam suspensas as movimentações de presos para banho de sol, atendimentos jurídico, médico e social e atividades de trabalho e estudos, além do recebimento de sacolas de mantimentos das famílias”, explica o Sindarspen.

Educação em greve
Um dos maiores impactos da greve será sentido na educação do estado. De acordo com nota da APP Sindicato, a greve por tempo indeterminado ocorre porque o governador Ratinho Júnior não oferece respostas urgentes para o ensino no Paraná. Entre eles, o calote na reposição da inflação dos últimos três anos, totalizando 17% de perdas para o funcionalismo público.

“O derespeito à lei e as promessas de campanha, somadas à redução da hora-atividade e aumento das jornadas dos pedagogos resultou em em mais trabalho e um salário que fica cada vez mais achatado”, compara o Sindicato dos Professores.

Ratinho chantageia servidores
O governador Ratinho Júnior (PSD) disse que o estado não tem condições financeiras para conceder o reajuste do funcionalismo. Em Londrina, ele recorreu a velha estratégia de dizer que qualquer reajuste aumentará impostos à popúlação.

“Podemos até pensar em reajuste, mas seria necessário aumentar impostos. E precisamos perguntar para a sociedade se quer aumento de imposto para dar reajuste para servidor”, disse ele.

Pauta unificada

  • Pagamento da Data-base;
  • Retirada do Projeto de Lei Complementar 4/2019 da ALEP que destrói a carreira do funcionalismo público estadual;
  • Abertura de concurso público;
  • Defesa da Previdência Pública;
  • Humanização da perícia médica no Estado;
  • Melhores condições de atendimento da saúde dos(as) servidores(as);
  • Garantia do direito de greve e retirada das faltas atribuídas ilegalmente;
  • Concessão de licenças especiais.