FALATÓRIO: Maia defende imprensa e critica vazamentos feitos por autoridades

Vídeo foi encaminhado ao jornalista Gleen Greenwald durante evento no Rio de Janeiro





J.Batista/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia reforçou a liberdade de imprensa e o direito de os jornalistas de publicarem informações que sejam de interesse público. Ele também defendeu o sigilo da fonte, criticou  hackers e autoridades públicas que vazam informações.

A declaração foi feita em vídeo para evento que aconteceu no Rio de Janeiro na noite de ontem (30). Organizado pela ABI, o manifesto defendeu Gleen Greenwald e os jornalistas do The Intercept Brasil que são responsáveis pela série de reportagens que denunciam os abusos e imparcialidade da operação Lava Jato. Os profissionais estão sendo ameaçados, inclusive de prisão, pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e pelo ministro da Justiça e ex- juiz Sérgio Moro, personagem principal das denúncias.

“O sigilo da fonte é um direito constitucional. o hacker deve ser punido. Por outro lado, um agente público que vaza informações sigilosas também comete crime”, comparou Maia.

O presidente da Câmara ainda disse que todos os dois (hacker e agente público) passam informações para a sociedade para que nós tenhamos transparência, como muitos defenderam nos últimos cinco anos, todos os dois estão cometendo ato ilícito.

“Um agente público, com uma informação sigilosa, entrgou a um meio de comunicação, que deu a divulgação. Ele (veículo de comunicação) está protegido pelo sigilo”, completou o deputado.

Sobre o evento, a ABI declarou que sua motivação foi contra as perseguições e intimidações que estão diretamente ligadas às revelações trazidas a público por Greenwald. Já a Fenaj alerta para o momento obscuro do país. A Federação assina a nota conjunta com a IFJ. “A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) se une à afiliada brasileira FENAJ para condenar a perseguição de Greenwald e conclama a comunidade internacional a denunciar as decisões autocráticas de Bolsonaro contra a liberdade de imprensa”.