Extrema pobreza atinge 13,5 milhões de pessoas

FIO DA MEADA: Valor pago pela Bolsa Família é insuficiente para retirar brasileiros da extrema pobreza




FonteInformações IBGE

Foto: Gibran Mendes

O IBGE divulgou números sobre a extrema pobreza no Brasil. E eles não são nada animadores. O país tem 13,5 milhões de pessoas vivendo com menos de R$ 145 por mês. É o pior índice em 7 anos. E nem o Bolsa Família tem servido para reduzir essa desigualdade. É o que mostra este FIO DA MEADA.

De acordo com os dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS), o número de pessoas em extrema pobreza equivalem a população de Portugal. No Brasil, tem muita gente vivendo com menos de U$S 1,9 diariamente. Isso equivale a pouco mais de R$ 9.

A pesquisa mostra que “o valor do indicador de pobreza do Bolsa Família, R$ 89, é, inclusive, inferior ao parâmetro global de R$ 145, o que mostra que o benefício não é suficiente para tirar as pessoas da extrema pobreza”.

No governo Dilma, era diferente. Em 2011, o valor de R$ 70 para o Bolsa Família era compatível com o valor global da época, de US$ 1,25 por dia. Para o IBGE, a “falta de correções monetárias” fizeram a pobreza aumentar.

O Maranhão é o estado onde as pessoas se encontram em pior condição de vida. São 20% das pessoas em extrema pobreza e nada menos do que 53% vivendo com menos de R$ 420 mensais.

O Paraná tem pouco mais de 12% de pessoas em situação de pobreza e 3% de pessoas vivendo em extrema pobreza. O índice é o mesmo de São Paulo, sendo que o Paraná tem cerca de 10 milhões de habitantes.

Os dados também revelam que “a pobreza atinge sobretudo a população preta ou parda, que representa 72,7% dos pobres, em números absolutos 38,1 milhões de pessoas. E as mulheres pretas ou pardas compõem o maior contingente, 27,2 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza”.