A batalha da Prova Paraná

Secretaria de Educação oferece lanche diferenciado para que estudantes participem da avaliação





Foto: SEED/Divulgação

A Secretaria de Educação do Paraná e os professores travaram uma batalha em torno da Prova Paraná. O exame realizado em 27 de novembro é considerado um diagnóstico  e monitoramento dos estudantes do estado com o “objetivo identificar as dificuldades apresentadas por cada um dos estudantes”. São realizadas provas de Língua Portuguesa e Matemática para  6º, 7º, 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e 1ª, 2º e 3ª séries do Ensino Médio.

Por conta dos conflitos entre o funcionalismo e o governo do estado, cada lado adotou uma estratégia para a avaliação. Para obter resultados e participação, Secretaria de Educação chegou a autorizar até lanche diferenciado no dia da Prova.

No Ofício Circular 135, os gestores educacionais foram incentivados a “avaliar a possibilidade de atribuir pontuação por participação atrelado à dedicação na execução da prova; lanche diferenciado, brindes, conforme possibilidades da escola”. 

O presidente da APP Sindicato, Hermes Leão, tem criticado à Prova Paraná. Para ele, foi perceptível a ausência significativa dos estudantes. “A Secretaria de Educação adotou política de pressão sobre os diretores e as equipes para que os alunos refizessem ou participassem da prova. É perigoso a forma. Por isso, nesta quarta etapa, nós defendemos o boicote, principalmente porque está sendo feita uma fraude intelectual”, denúncia o modelo resultadista adotado pela SEED.

De acordo com o governo, 2.048 escolas estaduais e 31.956 turmas participaram da segunda edição. Já as municipais atingiram 3.037 escolas.