Jornalistas de todo o país estarão mobilizados nesta quarta-feira, 4 de dezembro, pela derrubada da Medida Provisória 905/2019, que altera diversos pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e extingue a exigência de registro profissional para o exercício do Jornalismo.
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) organiza a mobilização junto aos Sindicatos de Jornalistas Profissionais, desde a entrada em vigor da MP 905/2019. Uma Assembleia Nacional dos Jornalistas ocorreu em diversas cidades no dia 21 de novembro e encaminhou esse dia de luta em defesa da profissão.
“Após o fim da exigência do diploma, o registro é a única regulamentação do jornalismo profissional no país. É papel de todos os trabalhadores da categoria lutar para que a produção de notícias seja feita com responsabilidade, ética e o conhecimento que os jornalistas adquirem na formação profissional”, explica Maria José Braga, presidenta da FENAJ.
Diversas atividades estão programadas nas ruas, casas legislativas e locais de trabalho em todo o país. Para demonstrar apoio à luta dos jornalistas pela derrubada da MP 905/2019, a Federação orienta os profissionais a se engajarem numa campanha virtual e presencialmente.
Além das assembleias, do dia de mobilização e da campanha virtual, a FENAJ e os sindicatos filiados atuam no Congresso Federal para articular politicamente a derrubada da MP do presidente Jair Bolsonaro contra o jornalismo profissional.
De acordo com a jornalista e dirigente da Fenaj, Paula Padilha, “o objetivo é pressionar politicamente para que o Congresso derrube a MP, que retira diversos direitos dos trabalhadores”.
Paraná
O Sindijor percorreu a Assembleia Legislativa do Paraná para solicitar apoio dos deputados. Em um ofício, o sindicato explica que dentre os danos ao jornalismo com a aprovação desta MP estão a “proliferação cada vez maior de fake News, o desrespeito ao piso salarial da categoria, o não cumprimento da jornada de trabalho e a contratação de pessoas sem formação profissional”.
A diretora do Sindijor, Silvia Valim, explica que “a medida provisória é mais uma iniciativa para desregulamentar profissões históricas que sempre contribuíram para o desenvolvimento econômico, estrutural e intelectual do Brasil”.
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