Petroleiros em greve “dão um gás” aos trabalhadores

Ação serviu para que população entendesse a política de preços do Governo Federal




FonteSindipetro PR/SC

Foto: Julio Cesar Lima

A Praça da Bíblia, em Araucária, recebeu uma peregrinação de cidadãos com botijão de gás em mãos e em busca de desconto. Os 300 botijões que o Sindipetro PR/SC comprou para a ação acabaram em pouco tempo. A ação da entidade teve o objetivo de alertar a população sobre os prejuízos causados pela política de privatização da Petrobrás. Em vários estados do Brasil, os sindicatos subsidiaram o preço do gás de cozinha de 13 kg.

No ato em Araucária, a população começou a chegar por volta do meio dia e rapidamente lotou a praça, formando grande fila em frente à barraca dos petroleiros, onde eram trocados os cupons de R$ 30. Com o voucher em mãos, o cidadão pegava rapidamente seu botijão e recebia um quilo de feijão. Levando em consideração o preço médio de R$ 70 no gás na região, com a ação, os trabalhadores compraram o item por R$ 40 e agradeceram.

“Deus o livre, está muito caro. Acho que nós temos que entrar no mato e juntar lenha e fazer fogo, porque não tem como mais. Difícil. Acho que o presidente (Bolsonaro), em vez de melhorar, piorou” , disse Sofia dos Santos.

Para o Sindipetro PR e SC, é possível vender o gás de cozinha a custo de produção nacional, mantendo o lucro das distribuidoras, revendedoras, da Petrobras e a arrecadação dos impostos dos estados e municípios.

“Uma outra política de preços é possível, tanto para a gasolina e o diesel como para o gás de cozinha. Basta o Governo Federal barrar os aumentos sucessivos dos derivados do petróleo”, explicou Mário Dal Zot, presidente do sindicato.

Atualmente, a população brasileira é punida com a política de preços da atual gestão da Petrobrás, que segue a agenda de Paulo Guedes, guru econômico de Bolsonaro. Ou seja, hoje a companhia acompanha o preço internacional do barril do petróleo e a variação do dólar. O resultado são aumentos sucessivos, muitas vezes diários, para gasolina, diesel e gás de cozinha.

“O preço do gás não está caro, está um absurdo. (Sobre a promoção) Ajuda muito, poderia ser constante, mas, para isso, tem que tirar o presidente”, Avalia Fernanda Guimarães.