Ato fecha departamentos do BB e Caixa em Curitiba

Trabalhadores protestam contra indicativo de privatização




FonteFetec

Funcionários do BB e Caixa em protesto contra política do governo Bolsonaro. Foto: Joka Madruga/SEEB Curitiba

Na manhã desta quinta-feira, 13 de fevereiro, os dois prédios administrativos da Caixa, na Praça Carlos Gomes e na Caixa Cultural, amanheceram fechados em Curitiba. Os trabalhadores se mantiveram do lado de fora, onde os dirigentes sindicais estenderam faixas em defesa dos bancos públicos e contra a reestruturação. Já os atos no Banco do Brasil mantiveram fechados até o meio dia, na quarta (12), os centros administrativos da agência e departamentos do prédio da Praça Tiradentes, da agência Estilo Champagnat e da Central de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB), em São José dos Pinhais.

Para movimento sindical, mudanças nas condições de trabalho dos empregados de bancos públicos são preparatórias para a privatização. Eles criticam o Governo Federal e a forma como está negociando com a categoria. Ontem, a Caixa abandonou a mesa de negociação com os trabalhadores. Após implantar regras e readequações sem dialogar com os sindicatos, alegando “atos de gestão”, a administração do banco, sob a tutela do Governo Bolsonaro, se recusou a aceitar o pedido dos trabalhadores, de ter acesso às planilhas e dados sobre o programa de reestruturação.

“A gente quer negociar, para que eles passem os números e para a gente conseguir verificar com os nossos estudos se isso será positivo e melhor para os trabalhadores, de forma que não impacte negativamente na vida deles”, afirma a dirigente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região Clarice Weisheimer, representante do Paraná na Comissão de Empregados da Caixa nas negociações com o banco.

O impacto salarial é somente um dos riscos e também dos medos dos trabalhadores da Caixa e do Banco do Brasil com os processos de reestruturação que estão ocorrendo no que resta dos bancos públicos. No BB, o valor das gratificações pode ter redução média de 18%.

“Esse ataque ao patrimônio público, essa entrega do patrimônio público ao capital estrangeiro é uma política do atual governo. Isso está claro para nós também, a gente já tinha avisado que o principal objetivo desse atual governo era a privatização de tudo que a gente possa imaginar. A gente não pode esquecer que Paulo Guedes é banqueiro. O ministro da economia é banqueiro. Então ele tem um interesse direto, principalmente na privatização de Caixa e BB. E também, casado com isso, a política do governo federal de acabar com programas sociais”, alerta o presidente da FETEC, Junior Cesar Dias.

Unidade dos trabalhadores

Os atos e manifestações nacionais em defesa dos trabalhadores do BB e da Caixa atravessam também o período em que outras categorias se mantém vigilantes em defesa do patrimônio público e contra as privatizações e fechamentos de unidades. Os petroleiros estão em greve há 13 dias contra o fechamento da Fafen, a Fábrica de Fertilizantes da Patrobrás, que fica na unidade de Araucária. O Governo Bolsonaro anunciou o fechamento da Fafen, que irá causar a demissão de cerca de mil trabalhadores.

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