Funcionalismo do Paraná entrega a pauta e pede 18% de reajuste

Governador Ratinho Junior tem margem para conceder reajuste





Foto: Orlando Kissner/Alep

Em meio a crise do decreto de recadastramento dos funcionalismo público do Paraná, o Fórum das Entidades Sindicais (FES) entregou a pauta referente a negociação da data-base deste ano.

De acordo com as entidades, a principal reivindicação é a reposição dos índices inflacionários nos salários dos servidores do Executivo, defasados desde 2017, acumulando perdas de mais de 18%. Os sindicalistas solicitaram composição, em caráter de urgência, de uma mesa de negociação para discutir o assunto, tendo em vista que maio, mês da data base, está próximo.

No ano passado, a negociação se estendeu por meses. Partindo do congelamento dos vencimentos até chegar ao “índice total do reajuste é de 5,08%, com a aplicação de uma parcela de 2% em janeiro de 2020 e mais duas parcelas, de 1,5% cada, em janeiro de 2021 e em janeiro de 2022”. Essa proposta foi finalizada em 9 de agosto de 2019.

Em meio a polêmica, o governador chegou a dizer que o salário do funcionalismo teve 33,9% de reposição nos últimos três anos, mesmo com os vencimentos congelados. O cálculo foi chamado de mentiroso pelos servidores.

Para 2020, o governo do estado tem margem para conceder reajuste aos trabalhadores. O Paraná está entre os 11 estados que estão abaixo do limite prudencial, segundo o DIEESE. Mesmo com o reajuste, o estado destina 45,18% com pagamento de pessoal. O limite prudencial para os estados é de 46,55% e o patamar máximo chega a 49,00%.