O Brasil ser encontra diante de um grande impasse no combate ao coronavírus. Após um mês do registro do primeiro caso, o país contabiliza 2915 casos confirmados e 77 mortes, de acordo com o Ministério da Saúde, que oferece um novo site para monitorar a pandemia no Brasil. Os números de novos casos aumentaram depois que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou a incentivar que as pessoas saiam da quarentena, inclusive citando lei da CLT para que os prefeitos e governadores paguem os salários. Bolsonaro também cita o Japão e a Alemanha como exemplos de países que não recorreram ao confinamento. Porém, a Alemanha tem adotado estratégias diferentes de combate. Uma delas é fazer exames em massa. Eles são possíveis graças ao desenvolvimento de tecnologia de diagnóstico. Um desses produtos têm sido desenvolvido pela Bosch da Alemanha.
O aparelho da Bosch promete apresentar resultados confiáveis em apenas duas horas e meia. O teste rápido pode diagnosticar dez patógenos respiratórios simultaneamente para diagnóstico diferencial e atende aos requisitos da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele tem sido utilizado em instalações médicas, como consultórios médicos, hospitais, laboratórios e centros de saúde, com seu novo teste rápido COVID-19.
De acordo com o CEO da Bosch, Dr. Volkmar Denner, na divulgação do aparelho, “o teste rápido COVID-19 da Bosch ajudará a conter a propagação da pandemia e quebrará a cadeia de transmissão mais rapidamente”.
A máquina foi desenvolvido em apenas seis semanas. Uma vantagem do teste rápido é que ele pode ser realizado diretamente no ponto de atendimento. Isso elimina a necessidade de transportar amostras.
A Alemanha tem considerado a pandemia como seu maior desafio desde a Segunda Guerra Mundial. O país está praticando o isolamento social. As empresas e indústrias estão entrando em férias coletiva, como a própria Bosch que desenvolve o produto e reduz suas operações desde 25 de março, afetando 35 localidades, em acordo com o sindicato. O país ainda tem feito 500 mil testes do coronavírus por semana.
“A razão pela qual a Alemanha tem tão poucas mortes em comparação com o número de pessoas infectadas pode ser explicada pelo fato de realizarmos um número extremamente grande de testes de diagnóstico laboratorial”, disse Christian Drosten, chefe do Instituto de Virologia da Universidade Charite de Berlim.
Anvisa libera testes
No começo da semana, a Anvisa liberou três novos testes para diagnosticar o coronavírus. Eles podem levar de 30 minutos a quatro horas para apresentarem o diagnóstico, dependendo da técnica utilizada. O país já autorizou 11 testes diferentes. O da Bosch não está entre eles. O teste recém-desenvolvido estará disponível na Alemanha a partir de abril, com outros mercados na Europa e em outros lugares.
A Anvisa tem adotado novas normas para uma série de ações estratégicas para viabilizar o acesso rápido e em grande volume a produtos que possam ser utilizados no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. “Em virtude da emergência de saúde pública internacional do coronavírus Sars-CoV-2 (Covid-19), foram estabelecidos procedimentos temporários e extraordinários para certificação de Boas Práticas de Fabricação”, esclarece a Agência.
