Base de Greca aprova mais recursos para asfalto em Curitiba

Oposição alegou que pavimentação não deve ser prioridade na crise do coronavírus





Prefeito Rafael Greca. Foto: Luciallia Guimarães/SMCS

O prefeito Rafael Greca (DEM) conseguiu nesta segunda-feira (25) a aprovação, em 1º turno, de mais recursos para asfaltamento em Curitiba. Em sessão online da Câmara Municipal, a maioria dos parlamentares autorizou, em regime de urgência, a alteração de lei de 2017 com o intuito de readequar um contrato de empréstimo de R$ 60 milhões em pavimentação. Deste montante, o município já recebeu R$ 14 milhões.

A tramitação acelerada do projeto foi aprovada na semana passada mediante debates calorosos entre a oposição e base aliada do prefeito na CMC. Durante a votação do projeto, nesta segunda-feira, não foi diferente. Opositores foram contra por entenderem que asfalto não é urgência em momento de pandemia do coronavírus. Enquanto isso, os aliados de Rafael Greca defenderam que, independente da crise de saúde, as obras de pavimentação seguem sendo prioridade para a população curitibana.

A líder da oposição, vereadora Noemia Rocha (MDB), questionou os motivos de o prefeito escolher dar prioridade a um empréstimo aprovado ainda em 2017 somente em ano eleitoral. “Um contrato do primeiro ano de gestão que somente agora a prefeitura buscar resolver. No último ano de mandato, às vésperas de eleição?”, indagou.

Professora Josete (PT) alertou que o objeto do empréstimo passou de pavimentação para obras de fresa e recapagem. “Esse empréstimo não irá para asfalto novo, para as ruas da periferia que não têm asfalto. É um recurso que será utilizado em ruas que, bem ou mal, já têm pavimentação”, criticou. “Não temos informações de onde foram aplicados os R$ 14 milhões já liberados ao município e, tampouco, onde serão investidos os outros R$ 46 milhões”, acrescentou.

O líder do prefeito na Câmara, Pier Petruziello (PTB) defendeu o voto favorável sob argumento que a readequação do contrato é necessária para que a prefeitura não perca o empréstimo e pague juros extras. Segundo ele, a oposição cria uma “narrativa mentirosa em razão dos índices de aprovação do prefeito”. A fala foi endossada por outros aliados de Greca, entre eles Colpani (PSB), Rogério Campos (PSC) e Mauro Ignácio (DEM). Para eles, a oposição age em “desfavor da cidade ao querer depreciar a gestão”.

Ao fim dos debates, o projeto foi aprovado por 29 de 36 vereadores votantes. Foram contra Dalton Borba (PDT), Katia Dittrich (SD), Marcos Vieira (PDT), Maria Leticia (PV), Noemia Rocha (MDB), Professor Euler (PSD), Professor Silberto (MDB) e Professora Josete (PT).

O projeto voltará ao debate nesta terça-feira (26), em sessão remota da CMC, para apreciação em 2º turno.