Sindipetro-PR/SC lança documentário sobre os 20 anos da maior tragédia ambiental do Paraná

ESPECIAL: Em 16 de julho de 2000, um acidente ampliado na Repar, em Araucária-PR, despejou 4 milhões de litros de petróleo nos rios Barigui e Iguaçu.




FonteSindipetro-PR/SC

Há 20 anos, o Paraná e o mundo via uma enorme tragédia ambiental. Era 16 de julho de 2000 e um acidente ampliado na Repar, em Araucária-PR, despejou 4 milhões de litros de petróleo nos rios Barigui e Iguaçu.

Resultado de uma política de sucateamento da Petrobrás pelo governo FHC, cujo objetivo era privatizar a maior empresa do Brasil, o vazamento atingiu uma vasta Área de Preservação Permanente (APP) do Bioma da Mata Atlântica, causando prejuízos à flora, à fauna, à qualidade da água e do ar, bem como à saúde dos trabalhadores que atuaram na remoção do óleo.

Ainda que a investigação rigorosa do acidente feita por Comissão Mista junto ao CREA-PR apontasse erros de gestão como causas principais (redução do número de trabalhadores e de recursos para a manutenção industrial), a direção da empresa insistiu em jogar a culpa nas costas dos trabalhadores. Quatro empregados foram demitidos. Posteriormente, o Sindipetro PR e SC conseguiu reverter todas as dispensas.

Como consequência do episódio, a Petrobrás foi condenada em segunda instância a reparar os danos ambientais e a pagar R$ 610 milhões (valor a ser corrigido) em indenizações pelos prejuízos causados ao Meio Ambiente. A petrolífera ainda recorre da decisão.

Atualmente, 20 anos após a tragédia e com Bolsonaro no governo federal, a situação na Repar é muito semelhante àquela dos tempos de FHC. Número de trabalhadores cada vez menor e escassos recursos para a manutenção da unidade, tudo orquestrado com vistas à privatização. O futuro repete o passado e a possibilidade de acontecer um novo acidente ampliado é real.

Assista a íntegra do mini documentário: