Brasil de Bolsonaro bate recordes de desempregados, informalidade e subempregos

PNAD revela que país deixou de ter 7,2 milhões de pessoas ocupadas em relação ao trimestre anterior




FonteInformações IBGE

Presidente Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR

Os efeitos negativos da Covid-19 no trabalho e a falta de políticas de geração de empregos foram captados pela nova PNAD. Mesmo com menos pessoas procurando trabalho, a taxa de desemprego subiu para 13,8% no trimestre de maio a julho de 2020. Este é o pior índice desde 2012. Veja no FIO DA MEADA.

MAIS DESEMPREGADOS | A PNAD revelou que as medidas de contenção do Governo Bolsonaro como a suspensão de contrato de trabalho e a redução de jornada não conseguiram evitar o aumento do desemprego. Os números de desempregados saltaram de 12,5 milhões (11,8%) de desempregados no ano passado para 13,1 milhões em julho de 2020 (13,8%).

MENOS EMPREGADOS | Outro dado do levantamento recuo ainda mais forte na população ocupada. O Brasil deixou de ter 7,2 milhões de pessoas empregadas de um ano para o outro. Caiu de 89,2 milhões de empregados para 81 milhões, registrando o pior índice da série. O país tem menos da metade (47,1%) da população em força de trabalho atuando.

Governo Bolsonaro libera mais recursos para pagamento de dívida a bancos, com aval de Paulo Guedes, que para combater as mortes pela Covid-19. Foto: Isac Nóbrega/PR

QUERO TRABALHO | Outro recorde desastroso é a taxa de subutilizados, ou seja, pessoas que poderiam trabalhar mais horas. Segundo o IBGE, 32,9 milhões de pessoas estão nestas condições, crescendo 14,7% (mais 4,2 milhões de pessoas) frente ao segundo trimestre de 2020.

SEM EMPREGO, SEM NADA | A população fora da força de trabalho (79,0 milhões de pessoas) foi recorde da série, com altas de 11,3% (mais 8,0 milhões de pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 21,8% (mais 14,1 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2019.

MENOS DIREITOS | A taxa de informalidade chegou a 37,4% da população ocupada (ou 30,7 milhões de trabalhadores informais).

DESEMPREGO EM TUDO | A população ocupada diminuiu em oito dos dez grupamentos de atividades analisados pela PNAD Contínua. As maiores quedas quantitativas foram em Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (9,7%, ou menos 1,6 milhão de pessoas) e  Indústria (8,0%, ou menos 916 mil pessoas).