Do negacionismo à disputa eleitoral. O Governo Federal mudou o discurso e a postura com relação a vacinação dos brasileiros. Após criar dificuldades para a compra de seringas e dizer que não obrigaria as pessoas a se vacinarem, além de dizer que as pessoas virariam jacaré, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) autorizou o Ministério da Saúde a comprar 100 milhões de doses da Coronavac, que será produzida pelo Instituto Butantan. Serão dois lotes. O primeiro com 46 milhões de vacinas e as outras 54 milhões ao longo de 2021.
Antes de falhar as negociações com a Pfizer e o boicote ao governador de São Paulo, João Dória (PSDB), o presidente Jair Bolsonaro ironizava a vacina chinesa por motivação ideológica e negava sua utilização.
“Querido governador de São Paulo, o senhor sabe que eu sou apaixonado por você, mas fica difícil. Ninguém vai tomar sua vacina na marra, tá ok? Procura outro. Eu, que sou governo, e o dinheiro não é meu, mas do povo, não vai tua vacina, tá ok. Procura outro para pagar tua vacina”, disse Bolsonaro em live nas redes.
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— Priscilla Weinstein (@priscilllando) January 7, 2021
O outro, no caso, é o ministro da Saúde que anunciou a compra das vacinas produzidas no Butantan. “Hoje nós assinamos com o Butantan o contrato para a entrega das primeiras 46 milhões de doses até abril e de mais 54 milhões no decorrer do ano. Contamos com a vacina do Butantan, caso a Anvisa nos dê autorização de uso”, disse o ministro.
A produção nacional de vacinas fortalece o Brasil contra a #Covid19. 354 milhões de doses já estão garantidas para este ano. Grande parte será produzida pela Fiocruz e Instituto Butantan, como explicou o ministro Eduardo Pazuello. Confira!#BrasilImunizado pic.twitter.com/coHNlwTUsS
— Ministério da Saúde (@minsaude) January 8, 2021
A expectativa do país é começar a vacinação nacionalmente em 20 de janeiro. A expectativa é ter 354 milhões de doses ao longo do ano, sendo 2 milhões da AstraZeneca importadas pela Fiocruz, 100,4 milhões da Fiocruz/AstraZeneca até julho (produção nacional com IFA importada), 110 milhões da Fiocruz/AstraZeneca (produção integral nacional de agosto a dezembro) e 100 milhões de doses do Butantan/Sinovac”.
O Brasil atingiu a marca de 200 mil mortos por coronavírus e quase 8 milhões de contaminados.