UE confirma que não considera mais Guaidó como ‘presidente interino’ da Venezuela

Declaração conjunta dos membros do bloco agora se refere ao político somente como parte da 'oposição democrática' do país




FonteÓpera Mundi

Guaidó deixou de ser reconhecido como 'presidente' pela UE. Foto: Ciaran McCrickard/World Economic Forum

A União Europeia confirmou, nesta segunda-feira (25/01), que já não considera Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, e sim parte do que chamou de “oposição democrática”.

Em uma declaração conjunta, os 27 membros do bloco afirmaram que veem Guaidó como um “interlocutor privilegiado”, apesar de uma recente resolução do Parlamento Europeu para que os governos da UE mantivessem a posição de indicá-lo como chefe de Estado.

“A UE repete seus apelos pela liberdade e segurança de todos os oponentes políticos, em particular representantes dos partidos da oposição eleitos para a Assembleia Nacional de 2015 e, especialmente, Juan Guaidó”, diz o comunicado, divulgado após uma reunião de ministros das Relações Exteriores da União Europeia em Bruxelas.

Na semana passada, Guaidó agradeceu ao Parlamento Europeu por tê-lo reconhecido como presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, argumentando, sem provas, que as eleições parlamentares de 2020 teriam sido fraudadas.

A União Europeia, entretanto, deixou de se referir a Guaidó como “presidente interino” da Venezuela depois que seu mandato de liderança na Assembleia Nacional expirou no início deste mês.

O bloco reconheceu Juan Guaidó como presidente da Venezuela em janeiro de 2019 após apelos de Washington para declará-lo chefe de Estado.

Embora o governo Trump tenha tentado sem sucesso pressionar a comunidade internacional para substituir Maduro, Joe Biden já havia dito que estaria disposto a “negociar” com Maduro para pôr fim à crise política e econômica em curso, acrescentando que não vai exigir a renúncia do presidente venezuelano como pré-condição para acabar com as sanções norte-americanas. No entanto, o democrata já avisou que continuará reconhecendo Guaidó como “presidente”.