O Porém conversou com o coordenador da Frente Sobre o Pedágio no Paraná da Assembleia Legislativa, o deputado Arilson Chiorato (PT). O legislativo estadual tem promovido diversas audiências para debater o modelo de concessão híbrida pelos próximos 30 anos.
A ANTT recebeu críticas com relação ao valor, o aumento das quantidades de praças, a concessão de rodovias estaduais, o degrau tarifário e o limite de desconto no leilão. Outro ponto, o investimento de 100% do arrecadado que vai ficar no Paraná, foi alvo de comemoração do governador Ratinho Junior (PSD). Ajuste pouco para Chiorato que foi ao TCU questionar o processo. Nesta Entrevista 2Toques (assista ao final) ele fala da proposta, se o Paraná deve conceder rodovias estaduais, o valor da tarifa, o posicionamento do governo do estado e alternativas. Confira.
1 -A ANTT apresentou, em audiência pública, a nova proposta de concessão de rodovias. Por que a Frente se contrapõe ao debate federal?
A ANTT apresentou em audiência pública a proposta originária: híbrido e de outorga. Questionamos a legalidade. E no meio da audiência, anunciaram um novo modelo. Eles não conseguem explicar qual é a proposta. É uma colcha de retalho.
2 – O Paraná deve conceder estradas estaduais para serem pedagiadas?
Caso o Governo Federal não recue, adote a menor tarifa e retire as novas praças, o Paraná não deve ceder as rodovias estaduais. Só tem sentido o pedágio com o menor preço como em SC e RS. A Alep deve negar esse pedido.
3 – A União diz que a nova concessão vai baratear estradas com números. Eles estão corretos?
A estratégia do Governo Federal é de que o pedágio vai baixar. Não é verdade. Estão oferecendo desconto em um modelo superfaturado. Mas, depois, o degrau tarifário autoriza aumentar em 40% a tarifa. Ainda terão mais 15 novas praças. Vamos pagar mais no médio e longo prazo.
4 – O governador Ratinho Junior é a favor ou contra o modelo federal? A posição dele é clara?
Ele não é a favor, nem contra. Na relação com Bolsonaro, é a favor. Mas para a população, ele foge do assunto, dá seta pro lado, e parece ser contra. Queremos ver ele se pronunciar pela tarifa com o menor preço.
5 – A Alep vai apresentar um projeto alternativo de pedágio e qual é o caminho para ele vingar?
A Alep não pode propor um novo projeto. Não é sua competência. A gente tem escutado o povo, anotar as reivindicações e transformar em sugestões para ter tarifa baixa, obras e que não haja roubo.
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