Vem aí um lockdown no Paraná

Com eminente colapso na saúde, Ratinho prepara novo decreto





Governador se reúne com o presidente Bolsonaro em Foz, onde colapso da saúde é eminente. Jonathan Campos/AEN

O Porém mostrou na quinta (25) que, durante reunião do Conselho Estadual de Saúde do Paraná, a situação da pandemia está praticamente fora de controle. Representantes da SESA mostraram a ocupação de 94% dos leitos em todo estado e a situação crítica em Curitiba e Foz do Iguaçu. Ainda admitiram que o Paraná não tem condições de abrir novos leitos por causa da falta de espaço físico, equipamentos e, principalmente, equipes. O Paraná estaria trocando vidas por leitos. Posteriormente, em reunião com prefeitos, o governador Ratinho Júnior deixou no ar que prepara o decreto mais duro de toda a pandemia.

“É o pior momento da pandemia neste um ano de enfrentamento da doença. A ideia é apresentar para a sociedade um pacote de medidas mais duro nesta sexta-feira para conter o contágio e evitar o colapso na rede de atendimento. Queremos construir um esforço conjunto para frear a curva crescente no Paraná”, afirmou Ratinho Junior. “Não é fácil, é uma decisão dura, mas é do nosso ofício tomar decisões difíceis”.

Ratinho confirmou a falta de leitos e de perspectiva no momento. “Além disso, há muitos jovens sendo internados, o que antes não ocorria, e houve um aumento de 900% na fila de pessoas precisando de leitos hospitalares. É um cenário gravíssimo”.

Já o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, externou que a sociedade relaxou ainda mais diante de uma vacina que não chegou. A vacina causou uma falsa ilusão de proteção. Ela não chegou na quantidade suficiente, mas trouxe esperança, o que fez com que as aglomerações voltassem e as pessoas relaxassem nas medidas básicas de proteção”, disse.

No ano passado, o Paraná seria produtor da Sputinik V, mas foi preterida pelo laboratório russo que entregou a produção em solo nacional para a União Química, uma empresa privada. O estado ficou dependente do Plano Nacional de Imunização do Governo Bolsonaro, aliado de Ratinho Junior.

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