Secretarias de Saúde do Brasil sugerem toque de recolher e criticam bagunça do Governo Federal

Carta do CONASS mostra insatisfação com a falta de vacinas e de recursos para combater a pandemia





Lançamento do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19. Foto: Isac Nóbrega/PR

O aumento da contaminação e mortes por Covid-19 no Brasil, a falta de vacinas e de recursos financeiros pode ter sido a gota d’água para os Secretários Estaduais de Saúde. Em carta assinada pelo CONASS ao povo brasileiro, é sugerido toque de recolher em todo o país das 20 horas às 06h00 e medidas mais duras de isolamento para frear a Covid-19. Desde o dia 27 de fevereiro, os três estados do sul já adotaram fechamento de serviços não essenciais, escolas, entre outros. A carta ainda denuncia a “ausência de uma condução nacional unificada e coerente” do Governo Federal.

Entre as restrições listadas para conter o avanço da pandemia estão “proibição de eventos presenciais como shows, congressos, atividades religiosas, esportivas e correlatas em todo território nacional, a suspensão de aulas presenciais, o toque de recolher, o fechamento de praias e bares, instituição de barreiras sanitárias, redução da superlotação do transporte coletivo e ampliação da testagem”.

O documento ainda condena a falta de coordenação do Ministério da Saúde, comandado pelo General Pazuello, solicitando “a implementação imediata de um Plano Nacional de Comunicação, com o objetivo de reforçar a importância das medidas de prevenção e esclarecer a população e aprovação de um Plano Nacional de Recuperação Econômica, com retorno imediato do auxílio emergencial”. 

A carta conclui com a necessidade de um “Pacto Nacional pela Vida” que reúna todos os poderes, a sociedade civil, representantes da indústria e do comércio, das grandes instituições religiosas e acadêmicas do País”.