Auxílio emergencial de Bolsonaro representa 13% do que é pago nos EUA

Para recuperar a economia, norte-americanos apostam em transferência de renda. Brasil, em arrocho fiscal





Foto: Hugo Barreto

Depois que trocou de presidente, os EUA, berço do capitalismo, mudou sua política em relação ao combate à pandemia. Com Biden, o país está investindo pesadamente na vacinação da população e nas medidas de restrição da circulação. Por lá, o governo manteve e ampliou o cheque de 1,4 mil dólares que serão entregues a 100 milhões de cidadãos. Já no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro ainda mantém sua política contra lockdown como desidratou o auxílio dado aos brasileiros.

A ajuda dada aos norte americanos de U$ 1,4 mil representa R$ 7686 mil. É um cheque que é enviado as pessoas e custará U$ 1,9 bilhões. A medida que foi adotada no Governo BIden está dentro da lógica que é preciso salvar a economia e as pessoas ao mesmo tempo. Os EUA estabeleceram como meta 100 milhões de cheques e 100 milhões até 4 de julho, feriado da independência deles.

Já no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro reduziu o auxílio emergencial que chegou a ser de R$ 1,2 mil por família para apenas R$ 250. O governo ainda limitou as pessoas que podem receber o auxílio. Com a mudança, um beneficiário, em quatro parcelas, receberá no máximo R$ 1 mil, o que representa 13% pago aos norte-americanos.

Auxílio emergencial diminuiu enquanto crise cresceu

Para o DIEESE, o problema não é financeiro, mas político e ideológico. “Os novos valores procuram atender orientação do “mercado financeiro”, que avalia que o Estado brasileiro não deve aplicar os recursos necessários para proteger a população, mas, sim, limitar-se a implementar reformas liberalizantes e buscar o equilíbrio das contas públicas”.

Na avaliação dos economistas, o grande número de pessoas que precisou desta proteção está diretamente ligado às escolhas econômicas e políticas dos últimos anos: baixo crescimento, forte desregulamentação dos direitos trabalhistas, redução dos serviços públicos e desestruturação do mercado de trabalho e de políticas de transferência de renda em nome de medidas neoliberais.