Cotado para substituir Lula, Haddad descarta ‘plano B’ por ora

Ex-prefeito de São Paulo participou de ato político no acampamento Lula Livre, em Curitiba





Fernando Haddad no acampamento Lula Livre, em Curitiba. Foto: Joka Madruga/Agência PT

O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro de Educação Fernando Haddad (PT), foi mais uma personalidade política a prestar solidariedade ao ex-presidente Lula em Curitiba. Antes de participar de um ato político na noite desta quarta-feira (11), no acampamento Lula Livre, o petista foi indagado pela imprensa sobre as cogitações em torno de seu nome para uma eventual candidatura à presidência em caso de Lula estar impossibilitado. “O Partido dos Trabalhadores registrará a candidatura de Lula em 15 de agosto. Essa é a única agenda do PT neste momento”, respondeu.

Haddad destacou que os atos pelo Brasil após a prisão do ex-presidente e as pesquisas para sucessão eleitoral mostram o sentimento e a vontade do povo brasileiro. “O povo é soberano e só ele que pode julgar em outubro. Querem apequenar o Brasil ainda mais, mas o povo irá varrer essa gente pelo voto”, afirmou o ex-prefeito.

Já no ato político, Haddad falou em restabelecimento da ordem democrática no país. “Existem duas formas de subverter a democracia; pelo golpe tradicional com tanques nas ruas ou solapando as bases da democracia sem que as pessoas se deem conta. Foram muitas arbitrariedades de quatro anos pra cá, desde o dia seguinte da eleição quando o candidato derrotado, o senador Aécio Neves, anunciou que não aceitaria o resultado das urnas, que não aceitaria os 54 milhões de votos de Dilma”, disse.

Mais que um ato de solidariedade à Lula, o ex-ministro esclareceu que sua visita ao acampamento em Curitiba foi um gesto de defesa da democracia. “Para se encarcerar alguém tem que ser esgotados todos os recursos, isso é uma cláusula pétrea da nossa Constituição. Seis dos onze ministros do STF consideram inconstitucional essa prisão. O que está acontecendo com Lula pode acontecer com qualquer um de nós, não estamos aqui para defender uma pessoa simplesmente, mas para defender a lei!”, exclamou.