A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) divulgou a primeira pesquisa com a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Na consulta realizada de 21 a 23 de fevereiro de 2019, foram ouvidas 2.002 pessoas. Dessas, apenas 38,9% dos entrevistados aprovam o novo governo. Já os totalmente insatisfeitos com Bolsonaro chegam a 19%. Para 29,0%, a avaliação é regular e 13,1% não souberam opinar. O levantamento feito pelo MDA também quis saber a expectativa do brasileiro com a geração de empregos e as reformas.
Pessoalmente, Bolsonaro ainda goza de prestígio com mais da metade da população. A aprovação do desempenho pessoal do presidente atinge 57,5% contra 28,2% de desaprovação, além de 14,3% que não souberam opinar. Tanto que 70,4% dos que votaram nele dizem estarem satisfeitos com o voto e 15,9% estão muito satisfeitos. Já os arrependidos do voto chegam a 7,6%.
A expectativa de seu governo para os próximos seis meses não é grande entre os brasileiros. A maioria da população acha que Emprego (51,3%) e Segurança Pública (53,3%) vão melhorar. Com relação a renda mensal, os brasileiros apostam que vai aumentar para 33,8%, vai diminuir para 9,6% ou vai ficar igual: 51,2%.
AGENDA
Na agenda do presidente, contribuiu para sua imagem negativa o fato de ter reajustado o salário mínimo em R$ 8 a menos do que o aprovado pelo Congresso Nacional. De acordo com a pesquisa, 66,9% desaprovam o valor. Tratado como queridinho pelo presidente e pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, o decreto que flexibiliza a posse de armas conta com desaprovação de 52,6% dos entrevistados.
O presidente Jair Bolsonaro tem duas pedras no seu sapato: a reforma da previdência e seus filhos. Com relação a aposentadoria, 43,4% aprovam e 45,6% desaprovam. Já em relação as interferências de Carlos Bolsonaro, Eduardo e Flávio no governo, 56,8% dos entrevistados apontam os filhos estão interferindo nas decisões do pai na Presidência da República.
Para a CNT, a avaliação é “positiva do Presidente Jair Bolsonaro, com 57,5% dos entrevistados aprovando seu desempenho pessoal, maior índice obtido por um presidente desde novembro de 2013”. Porém, a avaliação dele é pior do que a de Lula e de Dilma em inicio de governo, segundo histórico da Carta Capital. Os primeiros meses de Dilma Rousseff foram considerados bons ou ótimos por 49,2% dos brasileiros. Com relação a Lula, na primeira pesquisa da CNT/MDA sobre o governo do petista, em janeiro daquele ano, a aprovação foi 56,6%. No segundo governo, a popularidade na primeira pesquisa chegou a 49,5%.
Mesmo assim, para a CNT, “Jair Bolsonaro inicia seu governo com elevados índices de aprovação, com uma grande expectativa da população em relação à solução dos diversos problemas do país”.
