Greve atinge mais de 80% das escolas estaduais

Primeiro dia de greve mobiliza categorias do serviço público em todo o estado





Foto: João Paulo Vieira - APP-Sindicato

Servidores públicos cruzaram os braços a partir desta terça (25), mesmo diante da pressão do governo sobre professores e funcionários das escolas estaduais, com ameaças e intimidação. Logo pela manhã, o comando unificado, que reúne representantes de diversas categorias, se reuniu para avaliar o pedido do governo de mais prazo para apresentar propostas às categorias.

“Em março, nos reunimos com o governo que ficou de apresentar proposta em 30 dias, o que não ocorreu. Em 29 de abril realizamos uma grande paralisação e o vice-governador assumiu compromisso de estabelecer diálogo e construir uma solução conjunta para o problema. Até o momento o governo não apresentou qualquer proposta, por isso iniciamos a greve”, ressaltou Marlei Fernandes de Carvalho da coordenação do Fórum dos Servidores (FES).

A adesão da categoria foi grande. Já neste primeiro dia, a APP-Sindicato identificou que 80% das escolas estaduais aderiram à paralisação parcial ou totalmente. A expectativa é que esse número cresça nos próximos dias.

“Os educadores estão sofrendo na pele os efeitos de quatro anos de congelamento dos salários e também os ataques e perseguições da Secretaria da Educação. Temos um governo que se diz novo, porém o clima nas escolas piorou. Com isso, mais gente deve aderir ao movimento nos próximos dias”, afirmou Hermes Leão, presidente da APP-Sindicato.

Greve continua

Nesta quarta (26), a greve continua. A concentração em Curitiba será a partir das 9h na frente do Palácio Iguaçu. Às 10h haverá um debate sobre reforma da Previdência. Por volta das 11h, o governo deve receber representantes dos servidores para uma reunião de negociação.

Às 15h, servidores se reúnem em frente a sede da Secretaria da Fazenda para realizar um ato em defesa do serviço público. A manifestação vai continuar com uma caminhada até a Boca Maldita, no centro da capital. Dirigentes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que estão na cidade para um evento, vão participar desse ato.