Vereadores de Curitiba adiam novamente debate sobre redução de salários

Corte de 50% poderia transferir R$ 860 mil para a população de baixa renda





Plenário da CMC durante a pandemia. Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

25%, 50% 70%. A MP 936 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) autorizou a redução de salário dos trabalhadores com redução de jornada. A medida diminui a renda em meio a pandemia de Covid-19. Por outro lado, o mesmo sacrifício não está sendo exigido de toda a classe política. Em Curitiba, pela segunda vez consecutiva, os vereadores não debateram requerimento da professora Josete (PT) que reduz os vencimentos do legislativo em 50% enquanto durar a pandemia.

O requerimento seria analisado hoje (22) no plenário virtual da CMC, uma vez que a Casa funciona em regime de teleconferência. No entanto, os vereadores decidiram não antecipar a discussão do tema, ficando, possivelmente, para próxima sessão em 26 de abril. Em seu lugar, debateram nova lei do zoneamento, captação de recursos para Paixão de Cristo e nome de rua, entre outros.

De acordo com Josete, o corte em 50% dos vencimentos dos vereadores seria por três meses, mesmo período de adoção das medidas restritivas durante a pandemia. O dinheiro “seria destinado ao Fundo de Abastecimento Alimentar de Curitiba (FAAC), como forma de contribuição para aquisição e distribuição de alimentos básicos a população de baixa renda”. 

Atualmente, cada vereador recebe R$ 15,1 mil bruto. Com o corte durante três meses, cada legislador contribuiria com R$ 22,65 mil e a Câmara Municipal estaria destinando pouco mais de R$ 860 mil para o fundo.

Governador reduziu salários

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), anunciou na semana passada o corte de seu salário e dos secretários. A redução é de 30%. O governador recebe R$ 33.763,00. Com a redução de 30%, o salário do governador vai para R$ 23.634,10. O dinheiro será destinado ao fundo de combate à pobreza do estado. A economia mensal é de R$ 226 mil.