FALATÓRIO: Bolsonaro “profetiza” morte de 30 mil e prepara sua guerra civil

Brasil deve se preparar para o confronto eminente





Presidente Jair Bolsonaro saúda apoiadores. Foto: Isac Nóbrega/PR

No momento em que você lê este texto, o Brasil está atingindo a marca de 30 mil mortes em decorrência da pandemia de coronavírus. O clima político está quente e confrontos de ontem (31 de maio) anunciam uma “guerra civil”. Tudo isso previsto pelo então deputado federal Jair Bolsonaro em 1999.

Naquela época, há 21 anos, coincidentemente tempo que durou a Ditadura Militar, Bolsonaro demonstrava seu desprezo pela democracia, pelas vidas das pessoas e como sempre esteve em seu imaginário liderar um golpe populista. Ele disse:

Através do voto você não vai mudar nada nesse país, nada, absolutamente nada! Só vai mudar, infelizmente, se um dia nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro, e fazendo o trabalho que o regime militar não fez: matando uns 30 mil, começando com o FHC, não deixar para fora não, matando! Se vai morrer alguns inocentes, tudo bem, tudo quanto é guerra morre inocente”.

Política do confronto

Atualmente presidente do Brasil, suas “profecias” estão se concretizando. O país já contabilizou 29341 mortes enquanto ele andava a cavalo em Goiás e confraternizava com os militantes. Nenhuma palavras de pêsames aos familiares ou a respeito dos 514 mil contaminados. Muitas vítimas inocentes desta guerra que um presidente trava contra seu próprio povo e contra inimigos imaginados ou cultivados em sua megalomania.

Bolsonaro mostrou, em 1999, que ele não confia no Congresso Nacional e prefere armar o povo para se manter no cargo. Foi o que disse na reunião ministerial de 22 de abril, em frase repudiada por mais de 70% da população. É para onde direciona seu governo. Nenhuma surpresa entre o que diz e o que faz.

Foto: Julio Carignano

Quanto à guerra civil, ela já bate na porta do país. No domingo, torcidas antifascistas enfrentaram em capitais a milícia de extrema direita bolsonarista. Militância essa assanhada diante da iminência de prisão da quadrilha que divulga fake news cujo um dos líderes pode ser Carlos Bolsonaro.

E como esse Messias do Caos, o coveiro do povo brasileiro é um profeta previsível. Portanto, é bom que o campo democrático entenda e se prepare para essa batalha que se dará para além do campo do diálogo ou de notas de repúdio enviadas à ONU.

Ainda em 1999 (lembrem, há 21 anos), Bolsonaro já dizia quais serão os seus próximos passos na hora que o cerco bater a sua porta.

Em entrevista em 1999, Bolsonaro dava sinais de sua intenção no futuro

A atual Constituição garante a intervenção das Forças Armadas para a manutenção da lei e da ordem. Sou a favor, sim, de uma ditadura, de um regime de exceção, desde que este Congresso dê mais um passo rumo ao abismo, que no meu entender está muito próximo”.

Tu vês? Tu vês? Ele demonstra o sinais.