OMS: Governo brasileiro vota contra ajuda médica e vacina para palestinos

Mesmo com o voto contrário do Brasil e de mais 13 países, entre eles EUA e Israel, resolução foi aprovada com 83 países a favor. Outros 39 países optaram por se abster





Foto: Divulgação Fepal

O governo brasileiro votou contra uma resolução, apresentada na Organização Mundial da Saúde (OMS), que pede apuração sanitária na Palestina frente à pandemia da Covid-19 e que solicita que situação nos territórios ocupados seja atendida pela agência internacional, com acesso às vacinas e testagens contra a a Covid-19.

Com os bombardeios das forças israelenses, que deixaram mais de 250 mortos, milhares de palestinos necessitam da ampliação de ajuda médica, uma vez que um laboratório foi bombardeado nos ataques de Israel. O local era o principal centro de testagem em Gaza, responsável por 1,6 mil testes diários.

Mesmo com o voto contrário do Brasil e de mais 13 países, o projeto de resolução liderado por países árabes foi aprovado com 83 países a favor. Outros 39 países optaram por se abster. Além do Brasil, votaram contra a proposta tradicionais aliados de Israel, como Estados Unidos, Austrália, Áustria e Reino Unido. Além destes, governos de extrema-direita como o da Hungria. O argumento dos contrários é de que a Assembleia Mundial da Saúde “não seria local para lidar com a situação envolvendo Palestina e Israel”.

Em 2019 o governo Bolsonaro abandonou a tradicional postura de relações externas do Brasil na questão palestina ao aproximar-se da ideologia pregada pelo governo de Benjamin Netanyahu. Em 2020, pela primeira vez na história, o voto brasileiro também foi contra a resolução da OMS, contrariando iniciativas históricas da comunidade internacional.

Em nota, a Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL) se posicionou sobre a postura do governo brasileiro. De acordo com a entidade, o voto brasileiro coloca o país em uma posição que não merece: a de afiançar crimes de guerra e lesa humanidade na Palestina. “Lamentamos e condenamos esta postura, desequilibrada e injusta ao tomar partido apenas do lado que desrespeita as resoluções da ONU e todas as regras de direito internacional”, afirma a nota.

Leia também: Entrevista com Ualid Rabah, presidente da FEPAL.

https://porem.net/2021/05/24/o-sionista-e-um-degenerado-mental-e-moral/

“O sionista é um degenerado mental e moral”